segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O implacável.


Dia desses eu andei lendo umas coisas na net que me fizeram pensar sobre idade.

Tanto se fala em preconceito, discriminação, homofobia.... são tantos os novos jargões do mundo moderno que a gente até se perde. Você sabe escrever Bullying? (É assim?)

Sabe aquelas propagandas de sabonetes que aparecem na tv? Aquelas que cercam o guri com uma nuvenzinha verde, supostamente protegendo-o dos germes e das bactérias. Fiquei pensando: Nossa, no meu tempo a gente brincava na terra, na lama, bebia água do bico da mangueira, comia de mãos sujas e olhe só, estamos todos aqui, vivos!

Eu sou do tempo em que se perdiam as unhas dos dedões das mãos nos rolimãs, dos pés, na bicuda na bola de capotão. Sou do tempo do ki-chute, do bicho de pé, da pipa e do estilingue. Hei, você sabe o que é um bornel? (Não a ilha francesa.)

Sou do tempo da prova mimeografada, com cheiro de álcool, do caderno de caligrafia que insistíamos em burlar, escrevendo uma palavra por vez em todas as linhas. Ficava horrível, a professora brigava, mandava refazer e não era processada. Na minha época não tinha déficit de atenção, transtorno bipolar, a gente não estudava, reprovava.

Os tempos são outros, nós e que estamos ficando pra trás e teimamos em achar que o tempo é que está rápido demais. Não, acho é que estamos lentos, lentos para o dia, para a noite.

Uma criança que nasceu em 1993 já tem 18 anos!

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